Livros para entender a Independência do Brasil

11

Se o cenário político brasileiro inspira preocupação com o futuro, nada melhor do que dar uma olhada na história para contextualizar os acontecimentos que nos trouxeram até aqui. Como hoje é celebrado o Dia da Independência do Brasil, separamos uma lista de livros sobre o tema e seu período histórico. Leituras para ajudá-lo a decifrar os desafios da pátria amada Brasil. Confira!

1789. Os contrabandistas, assassinos e poetas que sonharam a independência do Brasil, de Pedro Doria.

Pedro Doria narra com leveza e emoção a aventura de Tiradentes e dos contrabandistas, assassinos e poetas que foram classificados como rebeldes e perigosos pela Corte. Uma aventura que tem a ver com a formação do Brasil. Além disso, o autor ainda revela o verdadeiro rosto de Tiradentes.

A independência do Brasil, de André Diniz.

A vinda e a partida da família real, o Dia do Fico, o Grito do Ipiranga, marcos que culminaram na independência do Brasil, em 1822. O protagonista – D. Pedro I, o primeiro imperador do Brasil. Ele também é o protagonista desta história, contracenando com José Bonifácio, D. João VI, Carlota Joaquina, entre outros.

Formação do Brasil contemporâneo, de Caio Prado Jr.

Um clássico do pensamento social e da historiografia brasileira que vem mobilizando estudiosos e atores políticos, seja para aceitar suas teses, problematizá-las ou mesmo rejeitá-las. Como poucos, o livro conseguiu formar nossa visão das origens coloniais do Brasil e do seu legado à nação.

1822, de Laurentino Gomes

Esta obra apresenta 22 capítulos intercalados por ilustrações de fatos e personagens da época da independência. Resultado de três anos de pesquisas, a obra cobre um período de quatorze anos, entre 1821, data do retorno da corte portuguesa de D. JoãoVI a Lisboa, e 1834, ano da morte do imperador D. Pedro I. O livro procura explicar como o Brasil conseguiu manter a integridade do seu território e se firmar como nação independente em 1822.

Cidadania no Brasil: O longo caminho, de José Murilo de Carvalho

O historiador José Murilo de Carvalho traça um histórico da construção da cidadania no Brasil, desde a independência, em 1822, até a atualidade. O autor, professor e pesquisador relata os 178 anos do processo de cidadania no país, centrando nos direitos civis, sociais e políticos. Descreve ainda o processo de independência do Brasil – razoavelmente pacífico se comparado com seus vizinhos.

Fonte: http://blog.estantevirtual.com.br/2016/09/07/livros-para-entender-independencia-do-brasil/

6 livros, novelas e filmes essenciais para conhecer Jorge Amado

jorgeamado.jpg

Nascido em 10 de agosto de 1912 na cidade de Itabuna, na Bahia, Jorge Amado foi o segundo escritor nacional mais vendido e traduzido de todos os tempos – só perdeu para Paulo Coelho. Também foi um dos homens mais vigiados pelo Estado Novo de Getúlio Vargas, e posteriormente pela Ditadura Militar. Foi deputado federal pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), e acabou preso por sua militância de esquerda em março de 1936, após sua participação na Intentona Comunista.

Para te ajudar a mergulhar no mundo do autor, separamos 6 obras e algumas de suas adaptações:

Capitães da Areia
A história do bando de garotos de rua que aterroriza Salvador é tão boa que foi queimada pelo governo de Getúlio Vargas em praça pública, sob a acusação de ser propaganda comunista. E é só lembrar que exemplares de Ernest Hemingway foram queimados pelo regime nazista na mesma época para entender que um livro não é queimado à toa, ele precisa ser bom.
Mar Morto

Quando Mar Morto foi escrito, em 1936, o autor tinha apenas 24 anos, e a as emissoras de televisão só chegariam em 1950, com um empurrão de Assis Chateaubriand. Amado acabava de sair da prisão, condenado por sua participação na Intentona Comunista, em nem em sonho imaginava que um dia seus livros se tornariam filmes ou novelas. Mar Morto é um relato das idas e vindas do cais de Salvador, cheio da tradição religiosa herdada dos povos africanos, e também militante e repleto de crítica social. A rotina dos trabalhadores era resumida no mote “Como é doce morrer no mar”.

Tieta do Agreste

A novela foi exibida entre 1989 e 1990, e foi um sucesso absoluto.  No entanto, para agradar o público, o roteirista Aguinaldo Silva deu um final feliz à protagonista, bem diferente do que acontece no livro (não daremos spoilers). “Jorge vai me desculpar, mas essa licença eu vou tomar. Até porque ele é talentoso demais para sentir ciúmes do meu final”, afirmou ele àFolha de S. Paulo em 1989. O autor, por sua vez, não fazia muita objeção à transformação de seus livros em sucessos do horário nobre, e teria até feito um pedido à emissora, quando ainda escrevia a obra, 1974: que se um dia ele fosse adaptado para a TV, Betty Faria teria que ser Tieta. Sonho realizado.

O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá

A fábula de Amado não foi escrita para publicação, mas sim como um presente de aniversário para seu filho, João Jorge, que completou um ano em 1948. O livro conta a história de um gato solitário e mal encarado, desafeto de outros bichos de um parque. Ele se torna um grande amigo de Andorinha Sinhá, a única que não foge dele. A relação ajuda o gato a ganhar a confiança dos colegas, mas também acaba em uma paixão proibida com a andorinha. Polêmica animal inspirada nos versos de um poeta chamado Estêvão da Escuna, que recitava no Mercado das Sete Portas, em Salvador. O livro ficou guardado na gaveta até 1976, quando o filho levou as páginas datilografadas ao ilustrador Carybé. O resultado ficou tão bonito que o pai não resistiu e finalmente autorizou a publicação.

Dona Flor e seus Dois Maridos

Não bastasse o talento de Jorge Amado, não faltou gente muito boa querendo transformar seus livros em roteiro. Antes de Aguinaldo Silva, o diretor Eduardo Coutinho, conhecido por documentários como Cabra Marcado para Morrer, foi roteirista na adaptação de Bruno Barreto para o livro Dona Flor e seus Dois Maridos, de 1976. A história da obra é a seguinte: uma viúva se casa novamente, desta vez com o farmacêutico de sua cidade, um homem pacato. Ela sente muita saudade do antigo marido, que era um bêbado e jogador repleto de vícios, mas também um ótimo amante.  Até que ele volta em forma de espírito e deita pelado com os recém-casados. Como não poderia deixar de ser, o filme foi um sucesso de bilheteria e se tornou um clássico instantâneo.

Toda Saudade do Mundo

Após tantos títulos familiares, quase todos eles parte do imaginário brasileiro, quem gosta da obra do autor baiano poderá não reconhecer o último item da lista. E ele não é um romance, mas uma compilação de cartas enviadas por Jorge Amado à sua esposa, a também genial escritora Zélia Gattai, entre 1948 e 1967. O registro é o mais íntimo de uma grande mudança na vida e no estilo do escritor, no momento em que abandona a militância e a crítica social e passa a retratar o povo e seus costumes, em um tom coloquial e popular. Jorge viveu exilado em Paris no final da década de 1940, mas isso não diminuiu o grande apreço por seu mozão, que ele chamava de “Zé”. Em uma carta escrita da França em 1948, ele pedia a ela que trouxesse leite em pó, goiabada, marmelada, bananada, farinha de mandioca, cigarros, palmitos (para ti) e beijos (para mim), conforme conta Alberto Villas em resenha do livro.

Fonte: http://revistagalileu.globo.com/Cultura/noticia/2016/08/6-livros-novelas-e-filmes-essenciais-para-conhecer-jorge-amado.html

Quem lê mais vive mais. E basta meia hora por dia.

biblio

O estudo, chamado Um capítulo por dia, foi realizado nos EUA, ao longo de 12 anos – e analisou a relação entre a longevidade e os hábitos de leitura de 3.635 pessoas com mais de 50 anos. Essa mesma turma também estava participando de uma outra pesquisa maior, a Health and Retirement Study, que tem investigado, desde 1990, a saúde de americanos que passam dos 50 anos.

Em Um capítulo por dia, os pesquisadores dividiram as 3.635 pessoas em três grupos: os “não leitores” (quem não tinha o hábito de ler), os “leitores” (que liam por até três horas e meia na semana) e os “super leitores” (quem lia mais de três horas e meia por semana). Para definir os grupos, os participantes responderam a algumas perguntas simples sobre quanto tempo passavam lendo livros, revistas e jornais por semana. 12 anos depois, os cientistas compararam esses hábitos aos dados de saúde do Health and Retirement Study, e descobriram o seguinte: os não leitores haviam morrido mais cedo do que os leitores, e bem mais cedo do que os super leitores. Quem lia até 3h30 por semana, segundo o estudo, tinha 17% menos chances de morrer antes dos 62 anos do que quem não lia nada – e quem fazia parte do grupo dos super leitores tinha 23% menos chances de bater as botas antes dos 62. Além disso, esse resultado foi geral – não tinha a ver com gênero, classe social, problemas psicológicos nem nível de educação.

Um pouco mais de meia hora de leitura por dia já é o suficiente para fazer parte desse grupo. Mas tem um truque aí: não adianta ler qualquer coisa, porque a mágica só funciona com livros – quando os cientistas compararam o tempo de vida das pessoas que liam apenas jornais e revistas, mesmo que fosse muita leitura, a longevidade não era tão grande quanto a dos super leitores de livros. Então, o que você está esperando para começar a ler um livro?!

Fonte: http://super.abril.com.br/comportamento/quem-le-mais-vive-mais-e-basta-meia-hora-por-dia

A ciência comprova: ler faz bem para o cérebro.

A ciência comprovou recentemente o que parecia óbvio: literatura faz bem para o cérebro! Nos Estados Unidos, um grupo de teste foi convidado a ler um capítulo do romance Mansfield Park, de Jane Austen, dentro de uma máquina de ressonância magnética, enquanto pesquisadores da universidade de Stanford analisavam os resultados neurológicos. Para o experimento, era preciso ler o capítulo de duas formas distintas: primeiramente, uma leitura descompromissada; depois, uma leitura para análise crítica da obra. A conclusão do estudo apontou que a leitura de livros pode ser um exercício valioso para o cérebro, já que quando lemos, o sangue flui para diversas áreas associadas à concentração e, no caso de uma leitura mais crítica, também para áreas menos ativas do cérebro. Logo, o estudo concluiu que a forma de leitura afeta o cérebro e através dela podemos treiná-lo para ser cada vez melhor em atividades que exigem compreensão e concentração.

Estudos semelhantes para avaliar os benefícios da leitura com máquinas de ressonância magnética já haviam sido realizados antes na Europa. Em 2010, o neurocientista Stanislas Dehaene, diretor da Unidade de Neuroimagiologia Cognitiva do Inserm-CEA, na França, usou exames de ressonância magnética para avaliar o cérebro de adultos alfabetizados e analfabetos. Os cientistas descobriram, então, que os cérebros dos adultos que podiam ler eram mais ativos, ainda que, em contrapartida, perdessem parte de sua memória visual, possuindo menos habilidade no reconhecimento facial.

Segue 10 benefícios que a leitura pode trazer para as nossas vidas:

1.  Estimula a memória, expandindo a capacidade de nossa mente.

2. É combustível inesgotável para a imaginação.

3. Conhecimentos das palavras, instrumento para expressar nossos sentimentos.

4. Nos aproxima da compreensão de mundo e da auto-compreensão.

5. Ao ler, nos deparamos com aquilo que pensamos: com nossas crenças.

6. É possível experimentar, sem de fato experimentar fisicamente.

7. O ato de ler naturalmente leva a escrever e a escutar.

8. Ler eleva a autoestima.

9. A leitura desconhece a solidão, nos permite estar sempre acompanhados.

10. A leitura constrói sonhos e nos empurra à realização.

Fonte: http://blog.estantevirtual.com.br/2012/09/26/a-ciencia-comprova-ler-faz-bem-para-o-cerebro-conheca-outros-beneficios-da-leitura/#comment-42866

5 curiosidades que você não sabia sobre Antoine de Saint-Exupéry e seu livro O Pequeno Príncipe.

Muito já foi dito sobre Antoine de Saint-Exupéry, que completaria 116 anos em 29 de junho deste ano. Conheça alguns fatos curiosos sobre a vida do autor.

1. Saint-Exupéry jamais ficava satisfeito com o que escrevia. A célebre frase “On ne voit bien qu’avec le cœur. L’essentiel est invisible pour les yeux”, que pode ser traduzida como “só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos“, foi reescrita mais de dez vezes antes de alcançar sua forma final. Os manuscritos originais de O Pequeno Príncipe foram editados pelo próprio autor incontáveis vezes. No processo, páginas inteiras foram concentradas em uma única frase, reduzindo a obra a metade de seu tamanho original.

2. O autor costumava trabalhar na madrugada, e acordava seus amigos sem constrangimento para pedir conselhos e sugestões sobre as passagens mais difíceis. Era comum que começasse a trabalhar às duas da manha e fosse dormir no nascer do sol, quando sua secretária chegava e digitava seu trabalho com ele dormindo no sofá. Ele adorava receber amigos nas refeições, mas era comum que os convidados chegassem à uma da tarde à sua casa e precisassem acordar o anfitrião exausto.

3. Saint-Exupéry era aviador, e morreu servindo a força aérea francesa no final da Segunda Guerra Mundial . Decolou da da ilha da Córsega, às 8h45 do dia 31 de julho de 1944, para uma missão de reconhecimento sobre o território francês ocupado pelo exército nazista. Ele coletava informações para preparar um desembarque dos aliados em Provença. Seu avião foi abatido pelo piloto alemão Horst Rippert, que admitiu, arrependido, aos 88 anos, ser o autor dos disparos. Os destroços do caça P-38 foram encontrados só 60 anos depois da data de seu desaparecimento, no litoral da Marselha. A insígnia do esquadrão de reconhecimento GR I/33, um dos quais o autor fez parte, leva uma ilustração do Pequeno Príncipe em sua insígnia, e hoje é operado com drones.

4. A primeira tradução brasileira de O Pequeno Príncipe foi feita pelo monge beneditino Dom Marcos Barbosa em 1954, e publicada pela Editora Agir. Durante 60 anos ela foi a única disponível no mercado, e eternizou uma interpretação questionável. Na frase “Tu deviens responsable pour toujours de ce que tu as apprivoisé” , traduzida como “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, a palavra apprivoisé não significa cativar na acepção mais delicada e emocional da palavra, mas sim algo como “domesticar” ou “domar”, como se faz com um bicho de estimação.

5. O Pequeno Príncipe foi traduzido para uma série de línguas inusitadas. Uma delas foi o Toba, um idioma indígena do norte da Argentina que até então só possuía uma tradução do Novo Testamento da Bíblia. Outra versão curiosa é em Latim. Até o Esperanto, idioma artificial criado com a intenção de ser uma língua franca internacional, ganhou sua versão. Há 47 traduções coreanas para a obra, e mais de 50 versões chinesas. Essa imensa variedade de versões torna o livro um objeto frutífero para estudos tradutórios comparativos.

Fonte: http://revistagalileu.globo.com/blogs/estante-galileu/noticia/2016/06/5-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-o-pequeno-principe.html