Internet, a máquina do esquecimento

onde-pesquisar-na-internetUm estudo mostrou que, a cada ano, 10% do que é publicado na rede simplesmente desaparece. É só pensar na cobertura feita pela Mídia Ninja dos protestos que assolaram o país em 2013. Onde estão esses registros? Nem os Ninjas sabem mais

Sabe aqueles velhos álbuns de fotos empoeirados esquecidos em algum lugar da casa? Aqueles em que filhos descobrem que os pais tinham cabelos compridos, bigode e usavam calça boca de sino? Por incrível que pareça, eles são uma tecnologia mais confiável para guardar lembranças pessoais do passado do que tudo o que existe hoje de mais moderno e tecnológico.

A internet (e tudo o que se conecta a ela) transformou-se em uma máquina do esquecimento, especialmente para lembranças pessoais. Um estudo recente mostrou que a cada ano cerca de 10% de tudo o que é publicado na rede simplesmente desaparece ou se torna inacessível. A situação é especialmente grave para registros de eventos importantes feitos por transmissão ao vivo pela web (o chamado streaming). É só pensar na cobertura realizada pela Mídia Ninja dos protestos que assolaram o país em 2013. Onde estão esses registros? Como acessar e estudar o material, agora com maior distanciamento? Nem os Ninjas sabem mais. Muitos links se perderam, seja porque sumiram da rede, por falta de organização, ou porque foram arquivados em algum lugar que ficou inacessível.

Para memórias pessoais a situação é ainda mais dramática. Tirar fotos tornou-se prática comum e conveniente. Todo mundo anda hoje com uma câmera de celular no bolso. Só que, depois de um tempo, para onde vão as fotos que tiramos no celular ou mesmo em câmeras digitais? Basta fazer um teste. Procure pelas fotos tiradas há cinco, seis ou sete anos. Certamente vai ser mais fácil encontrar o empoeirado álbum de fotos da família do que o memory card da velha câmera digital.

Mais do que isso, vivemos na era da obsolescência programada. Os produtos tecnológicos não são feitos para durar. Ao contrário, ficam velhos e precisam ser trocados em dois, três anos no máximo. E muito se perde nessas trocas. Mais do que isso, os padrões mudam o tempo todo. Os formatos de arquivo tornam-se incompatíveis, cabos e conectores mudam de formato, tornando a vida de quem quer preservar o passado recente um verdadeiro suplício.

Claro que há empresas vendendo soluções para essa questão. Google Drive, iCloud,
Dropbox e um enorme número de aplicativos que prometem armazenar nossas informações pessoais “para sempre”, em troca de uma modesta taxa. Só que basta um cartão de crédito vencido ou uma anualidade não paga para colocar tudo a perder. Além disso, empresas de tecnologia também desaparecem.

A conclusão talvez seja de que estamos construindo uma sociedade que vai ficar cada vez mais presa no presente. Uma sociedade antinostalgia. Para muitos essa pode ser uma perspectiva assustadora. Mas tem gente que vai gostar. Especialmente aqueles que acreditam que mais importante do que a nostalgia é ter boas ideias para o futuro.

Fonte: http://revistatrip.uol.com.br/trip/internet-a-maquina-do-esquecimento

Escrita, falada ou em disputa, entenda as muitas formas de fazer poesia

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Uma das formas mais expressivas da literatura e que vem ganhando cada vez mais espaço e reconhecimento entre as principais premiações é a poesia. Bob Dylan surprendeu a todos sendo o vencedor do Nobel de Literatura, sob a justificativa de ter criado “novas expressões poéticas”, curiosamente no mês de outubro, quando comemora-se o Dia do Poeta. Outro compositor, Arnaldo Antunes, ganhou o Jabutti da categoria por Agora aqui ninguém precisa de si e se destaca pela versatilidade artística, caminhando por diferentes criações de linguagem.

Ao longo da história, grandes nomes desenvolveram essa arte. Ainda no século VIII a.C., Homero criou Ilíada, a narrativa épica grega e em 1572, Luís de Camões escreveu Os Lusíadas, com mais de 8 mil versos cuidadosamente elaborados em ritmo e métrica silábica. Mas a poesia, como uma forma de arte, pode ser, inclusive, anterior à escrita. A repetição e a forma rítmica são fatores que ajudam a memória a lembrar e recontar histórias. Por isso, muitos estudiosos defendem as velhas tradições orais poéticas como o início da mesma.

Alguns poetas, simplesmente sentem-se mais à vontade na oralidade e direcionam seu trabalho nesse sentido. É o caso da poeta Maria Rezende, que aprendeu a falar poesia, antes mesmo de escrever seus primeiros poemas. “Eu comecei a falar os poemas de grandes autores, mas de tanto falar, a minha poesia brotou”, comenta. Maria tem três livros publicados e estudou na Escola Lucinda de Poesia Viva, com tradição na palavra falada. Seu primeiro livro, Substantivo feminino, lançado em junho de 2003, vem acompanhado de um CD, com os poemas ditos por ela. O novo livro Carne do umbigo não vem mais com um CD, mas os poemas estão no canal da poeta no youtube. “A palavra falada está na raiz da minha palavra escrita, eu escrevo já pensando no ritmo, na minha respiração e no tempo”, completa.

Não há limites para a poesia

Outro gênero que tem se popularizado nessa arte é o poetry slam – em que, além de escrever e declamar os versos, o poeta compete com outros participantes numa apresentação que envolve performance e interpretação. As disputas de poesia acontecem em diversos saraus, como o da Cooperifa em São Paulo, onde a escrita fica em segundo plano durante o processo criativo.

Em Entrevista para a Folha de São Paulo, durante a Flip deste ano, a poeta, “slammer” e rapper inglesa Kate Tempes falou sobre “spoken word” – ou a poesia falada – presente em sua obra. “O poema na página não está terminado. A leitura lhe dá vida. O poema na página é um mapa, mas não é o destino. Ele precisa de você para seguir sua jornada e transformar-se num poema. Poesia é linguagem cantada”, afirma Tempest.

Conheça alguns livros de poetas que fizeram sucesso na tradição oral e escrita:

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Os Tijolos Nas Paredes das Casas, de Kate Tempest

Becky, Harry e Leon estão deixando Londres, num carro de segunda mão, e com uma mala cheia de dinheiro. O que levamos de nós mesmos, quando decidimos seguir numa viagem? O que de fato conseguimos deixar para trás? Voltando no tempo, Os tijolos nas paredes das casas explora as emoções humanas, a vida contemporânea nas cidades, nos apresenta irresistíveis histórias, por vezes obscuras, e deixa claro que nem sempre boas intenções levam às decisões certas. Kate Tempest nos faz refletir e sobre como nos tornamos nós mesmos, através de momentos contraditórios de beleza, desejo, decepção, fracasso e muita ambição.

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Bendita Palavra, de Maria Rezende

Um olhar revelador sobre o cotidiano e a paixão arrebatadora pela palavra (impressa na pele em forma de tatuagem) são as matérias-primas do segundo livro da poeta carioca Maria Rezende. Em Bendita Palavra a voz feminina retorna cheia de lirismo. “Ela tem um jeito próprio de escrever. Não é poesia ‘feminina’, mas quem fala ali é uma mulher. A fala é fluente mas o uso das palavras é irreverente e criativo.” (FERREIRA GULLAR)

Teatro Hip Hop-Roberta Estrela Dalva

Teatro Hip Hop, de Roberta Estrela Dalva

“Aprendi com ela o que é ser um ator-MC, poetryslam e esse modo falado, abri os olhos para outras concepções de performance e quase-teatro. Acompanhei sua busca de conhecimentos, o empenho em seguir achados, propostas e teorias. Como este livro nos diz, o método é para ela a aprendizagem instantânea e a reflexão acumulada. A experiência que traz nos capítulos encadeados é a sua própria, o pão de cada dia. O microfone (aberto) é o objeto mediador, mais que isso, interferente nas ações do criar, nas poéticas da invenção. A voz vem junto, os aplausos também.” Jerusa Pires. Ferreira

 

Fonte: http://blog.estantevirtual.com.br/2016/11/30/poesia-e-escrita-ou-falada/

3 maneiras como o uso excessivo da tecnologia impacta o cérebro

Maneiras como a tecnologia afeta o cérebro

Nós somos o que gastamos nosso tempo fazendo. O adulto médio gasta hoje mais de 20 horas online semanalmente. Quase um terço desse tempo é dedicado a sites de redes sociais, sendo que o Facebook ocupa 50 minutos de cada dia. Isso corresponde a mais tempo do que investimento lendo, praticando exercícios ou socializando. É quase tanto tempo quanto as pessoas passam comendo e bebendo (cerca de 1,07 horas).

Os adolescentes acumulam ainda mais tempo com a tecnologia: são gastas nove horas diárias com mídias digitais. Isso mostra que as crianças vivem no mundo da tecnologia 24 horas, 7 dias por semana, e que isso está moldando cada aspecto de sua vida.

Saber de que forma a tecnologia impacta os nossos cérebros – e os dos estudantes – nos permite utilizá-la de forma mais positiva, consciente e a favor da educação nas salas de aula.

O perfil dos estudantes estão mudando, então veja aqui algumas dicas:

1. Atenção

A mídia digital nos encoraja a focar em várias tarefas, porque é como acontece a navegação: alternando várias atividades em várias janelas no seu browser ou em múltiplos dispositivos. Isso afeta negativamente o aprendizado.

Se um aluno está estudando enquanto assiste TV, a informação pode ir para a parte errada do cérebro em vez de ir para o hipocampo (responsável pelo armazenamento a longo prazo do conhecimento). Isso significa que ficará guardada superficialmente, não sendo possível a rápida recuperação no futuro. Além disso, ficar interrompendo os estudos com outras tarefas também afeta a aprendizagem. Em longo prazo, influencia a forma como pensamos, ficando difícil sustentar a atenção em algo por muito tempo, o que desestimula o pensamento reflexivo.

2. Memória

À medida que se usa a internet para expandir a memória, torna-se mais dependente dela para lembrar as respostas. Quanto mais informações se tem acesso por meio de celulares e outros dispositivos, menos incomoda o esquecimento.

Existem formas de conhecimentos que exigem a posse de grandes quantidades de conhecimento e a capacidade de usar com rapidez e flexibilidade que a informação. É pouco provável de serem alcançados quando são armazenados externamente. Por isso, a tecnologia deve ser utilizada como um complemento, não como um substituto da memória.

3. Metaconsciência

Alguns estudos sugerem que o uso pesado de tecnologia conduz a uma perda de controle cognitivo – não apenas uma perda de atenção, mas uma diminuição da capacidade de controlar nossa mente e aquilo que pensamos.

Quanto mais você se aclimatar à tecnologia e ao fluxo constante de informação que vem através dele, menos capaz de descobrir em que é importante se concentrar você se torna. Sua mente é atraída para o novo, não para o importante.

Por tudo isso, uma das funções da instituição e dos professores que querem colaborar com a conscientização dos estudantes sobre o uso excessivo da tecnologia é estimular o debate sobre sua consequência e os impactos que promove nas funções vitais para o aprendizado.

 

Fonte: http://www.desafiosdaeducacao.com.br/3-maneiras-como-uso-excessivo-da-tecnologia-impacta-cerebro/

Um panorama dos principais temas que influenciaram a humanidade: livros para aprimorar seus conhecimentos sobre o mundo

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Dos mistérios do universo à economia, influência midiática e evolução da espécie humana. Selecionamos obras fundamentais para curiosos crônicos e quem sente que ainda tem muito o que aprender sobre o mundo. Os títulos vão entre romance e obras de não-ficção, que provavelmente vão tirar seu sono por alguns dias.

Sapiens. Uma Breve História da Humanidade – Yuval Noah Harare (2015)

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O que possibilitou ao Homo sapiens subjugar as demais espécies? O que nos torna capazes das mais belas obras de arte, dos avanços científicos e das mais horripilantes guerras? Yuval Noah Harari aborda estas e muitas outras questões da nossa evolução. Ele repassa a história da humanidade, relacionando com questões do presente. E consegue isso de maneira surpreendente. Doutor em história pela Universidade de Oxford e professor do departamento de História da Universidade Hebraica de Jerusalém, seu livro não entrou por acaso nas listas dos mais vendidos de 40 países para os quais foi traduzido. Sapiens impressiona pela quantidade de informação, oferecida em linguagem acessível, atraente e espirituosa.

Uma Breve História de Quase Tudo – Bill Bryson

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“Um diário de viagem pela ciência”. O escritor e cronista Bill Bryson percebeu, que tinha pouquíssimo conhecimento sobre o planeta em que vivia. Essa indagação o propeliu à tarefa épica de entender – e explicar – tudo o que sabemos sobre o mundo. Bryson parte da origem do universo e segue até os dias de hoje, tratando de assuntos relacionados à física, geologia, paleontologia e todas as outras disciplinas que considerava “maçantes” na escola. Antítese do texto didático tradicional, sua prosa foge dos jargões técnicos sem nunca abrir mão da profundidade. A preocupação do autor está em entender como os cientistas realizam suas descobertas. Para compilar esta Breve história de quase tudo, Bryson consultou dezenas de obras e pesquisadores e montou o que pode ser considerado um delicioso guia de viagens pela ciência.

Uma Breve História do Tempo – Stephen Hawking (1988)

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Uma das mentes mais geniais do mundo moderno, Stephen Hawking guia o leitor na busca por respostas a algumas das maiores dúvidas da humanidade: Qual a origem do universo? Ele é infinito? E o tempo? Sempre existiu, ou houve um começo e haverá um fim? Existem outras dimensões além das três espaciais? E o que vai acontecer quando tudo terminar? Com ilustrações criativas e texto lúcido e bem-humorado, Hawking desvenda desde os mistérios da física de partículas até a dinâmica que movimenta centenas de milhões de galáxias por todo o universo. Para o iniciado, Uma breve história do tempo é uma bela representação de conceitos complexos; para o leigo, é um vislumbre dos segredos mais profundos da criação. Lançado originalmente em 1988, Uma breve história do tempo vendeu mais de 10 milhões de exemplares em todo o mundo e ficou 237 semanas na lista de mais vendidos do Sunday Times. Em 22 de janeiro chega aos cinemas o filme A Teoria de Tudo, baseado na vida do físico e autor.

23 Coisas Que Não nos Contaram Sobre o Capitalismo – Ha Joon Chang (2013)

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Chang destrói os maiores mitos a respeito do mundo em que vivemos. Este livro vira de pernas para o ar, os conceitos convencionais sobre Economia. Ele revela a verdade por trás dos mitos e mostra como o sistema realmente funciona. Repleto de fatos, o autor prova que o atual “livre” mercado não é apenas nocivo para as pessoas; ele também é uma maneira ineficiente de administrar as economias. Chang explica por que a economia mundial está desmoronando num ritmo vertiginoso, apresenta alternativas muito melhores, que contrariam a ideologia tradicional sobre o livre mercado, e propõe uma reviravolta no cenário econômico atual.

Crime e Castigo – Fiador Dostoiévski (1866)

Crime e Castigo, Fiódor Dostoiévski

Uma das obras-primas supremas da literatura mundial, Crime e Castigo elevou Dostoyevsky para o primeiro plano de escritores russos e para as fileiras dos maiores romancistas do mundo. Baseando-se em experiências de seus próprios dias na prisão, o autor narra em tons febris, a história de Raskolnikov, um estudante pobre atormentado por sua própria luta entre o bem e o mal. Acreditando que ele está acima da lei, e convencido de que fins humanitários justificam os meios, ele assassina brutalmente uma mulher idosa – uma agiota a quem ele enxerga como “doente, gananciosa … boa para nada” oprimido depois por sentimentos de culpa e terror , Raskolnikov confessa o crime e vai para a prisão. Lá, ele percebe que a felicidade e redenção só podem ser alcançadas através do sofrimento. Infundido com elementos religiosos, sociais e filosóficas fortes, o romance foi um sucesso imediato.

A Manipulação do Público – Edward S. Herman / Noam Chomsky (2002)

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Neste trabalho pioneiro, Edward S. Herman e Noam Chomsky mostram que, ao contrário da imagem usual da mídia como obstinada e onipresente em sua busca pela verdade e pela defesa da justiça, na prática, ela defende as agendas econômicas, sociais e políticas dos grupos privilegiados que dominam a sociedade nacional, o estado, e a ordem global. Baseado em uma série de estudos de caso, incluindo o tratamento dos meios de comunicação para vítimas que valem a pena e outras sem valor, legitimando eleições sem sentido do Terceiro Mundo e a cobertura das guerras dos EUA. O que emerge deste trabalho é uma avaliação poderosa de como a propaganda dos meios de comunicação dos Estados Unidos são e como nós podemos compreender a sua função de uma forma radicalmente nova.

Os Meios de Comunicação Como Extensões do Homem – Marshall McLuhan (1971)

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Neste livro revolucionário e desmistificador, um dos grandes pensadores de nosso século passa em revista as tecnologias do passado e do presente e mostra como os meios de comunicação de massa afetam profundamente a vida física e mental do homem, levando-o do mundo linear e mecânico da Primeira Revolução Industrial para o novo mundo audiotáctil e tribalizado da Era Eletrônica. Na década de 1960, as teorias de McLuhan despertaram furor e admiração. É intrigante e ao mesmo tempo especular que 40 anos mais tarde discutimos assuntos, que ele dedicou capítulos inteiros, como a televisão, o telefone, armas, habitação e dinheiro. Hoje, pouco se contesta que os meios de comunicação realmente descentralizaram a vida moderna e transformaram o mundo em uma “aldeia global” – termo criado pelo autor.

O Que Deu Errado no Oriente Médio – Bernard Lewis (2002)

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Os atentados ao World Trade Center e ao Pentágono tornaram mais urgentes o estudo e a compreensão da história e da cultura islâmicas, que por séculos estiveram na vanguarda do progresso humano – predomínio militar e econômico, soberania nas artes e nas ciências da civilização -, até serem suplantadas pelo Ocidente. Bernard Lewis, eminente especialista no assunto, apresenta nesse livro a sequência e o padrão de acontecimentos, ideias e atitudes que precederam o 11 de setembro e em certa medida o produziram.

Os intelectuais e a sociedade – Thomas Sowell (2011)

OS INTELECTUAIS E A SOCIEDADE

Estudo sobre a influência que os intelectuais exercem hoje na formação e na condução da opinião pública. Nesta obra, Sowell analisa as condições em que são formulados os consensos e prova não só a altíssima frequência de equívocos cometidos pelos intelectuais, mas como esses erros têm sido desastrosos para a sociedade, em suas falsas prescrições para curar os males do mundo.

 

Fonte: http://blog.estantevirtual.com.br/2016/09/30/livros-para-aprimorar-seus-conhecimenos-sobre-o-mundo/

Alunos precisam de apoio psicológico, indica pesquisa com docentes

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Para os professores brasileiros dos ensinos fundamental 1 e 2 e do ensino médio, os desajustes emocionais dos alunos prejudicam a escola, provocando indisciplina, defasagem de aprendizado e situações com as quais os docentes não estão preparados para lidar, senão com o apoio de uma equipe escolar mais sólida e composta por especialistas diversos.

Essa é uma das conclusões que podem ser depreendidas da análise dos resultados da segunda edição da pesquisa Conselho de Classe, encomendada pela Fundação Lemann ao Ibope, que mistura um levantamento quantitativo com 1,6 mil professores à aferição qualitativa, feita com três grupos de três cidades brasileiras. A amostra, dizem os organizadores, é representativa da população docente brasileira nessas etapas da educação básica. São majoritariamente mulheres (79%), em especial no fundamental 1 (94%), na faixa dos 40 a 49 anos (38%, média geral de 41,1 anos), docentes do fundamental 1 (43%). Destes, 70% formados em pedagogia, outros 27% no magistério (ensino médio).

Segundo os organizadores, quatro temas surgiram com mais força. O primeiro deles foi considerado a maior urgência: a falta de acompanhamento psicológico para alunos que o necessitam (segundo a avaliação dos próprios professores). O segundo, o maior desafio: a defasagem dos estudantes em termos de aprendizagem, em especial os do ensino médio.

O item apontado como maior urgência pelos docentes coincide com outras pesquisas em que há prevalência de responsabilização das famílias como causa do insucesso escolar. Ao que parece, os professores se sentem desamparados para lidar com realidades que lhes fogem ao controle, o que é reforçado pelo percentual de docentes que gostariam de contar com apoio psicológico para alunos e para eles próprios, professores (96%), extensivo às famílias (90%). Números que reforçam a recorrência da doença do esgotamento profissional, chamada de Síndrome de Burnout, no âmbito da educação.

Os docentes dizem ser mais apoiados em suas dificuldades cotidianas por diretores (73%) e coordenadores pedagógicos (68%), evidenciando a importância estratégica dos gestores. Mas se ressentem da falta de outros profissionais que, acreditam, deveriam ser oferecidos pelas secretarias de Educação, tais como psicólogos (50%), psicopedagogos (28%), assistente social (8%) mediador de conflitos (7%) e fonoaudiólogo (4%).

Ao responder quais fatores deveriam ser enfrentados com maior urgência, os professores fizeram uma segunda lista com três fatores. Na primeira, a necessidade de acompanhamento psicológico foi a mais citada (22%), seguida pela indisciplina (15%) e pela defasagem na aprendizagem (10%). Na segunda, a indisciplina apareceu em primeiro lugar, com 32%, seguida pela falta de acompanhamento psicológico e pela “aprovação de alunos que não estão preparados para o próximo ciclo”, ambos com 31%.

 

Fonte: http://www.revistaeducacao.com.br/alunos-precisam-de-apoio-psicologico-indica-pesquisa-com-docentes/